O cenário de pandemia e isolamento social trouxe uma onda de incertezas para o mercado global. Atividades como o plantio de cana de açúcar, que sofreram baixas de consumo significativas, passaram a operar com um olhar ainda mais atento às previsões. Afinal, o que podemos esperar para os próximos meses e anos?

Criamos este artigo especial para mostrar um panorama do cenário no setor. A seguir, você vai ver alguns dados bastante elucidativos, além de conhecer os principais desafios para os produtores e algumas projeções importantes para as próximas safras. Confira!

O momento econômico do plantio de cana de açúcar

A pandemia da Covid-19 foi rapidamente sentida pelo mercado de sucroenergético. Segundo dados do Rabobank, houve uma queda de 1,5% no consumo global. Contudo, a previsão no início da pandemia era de uma redução ainda maior, ultrapassando os 4%. Um dos motivos para isso não ter se concretizado foi justamente o aumento da produção brasileira, algo que nos mostra a força do setor no país.

Mesmo assim, continua sendo importante agir com precaução. Os dados de 2019 da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (UNICA) apontam para um fechamento de safra com 590,36 milhões de toneladas processadas. Em comparação com o período anterior, o número representa um aumento de cerca de 3% na produção.

A safra iniciada em abril, no entanto, aponta para um cenário atípico no país. As orientações de isolamento geraram uma queda na mão de obra, algo que pode gerar atrasos nas colheitas. Somado a isso, algumas variações climáticas e a seca prolongada em algumas regiões aumentaram os riscos.

Mesmo diante de tudo isso, os dados foram animadores, sobretudo devido ao bom desempenho do setor de processamento. Um levantamento do CONSECANA-SP, por exemplo, apontou que o mês de junho foi fechado com valor de R$ 0,67 para o quilo de cana de açúcar por tonelada de cana, um indicador valioso para os produtores.

Isso significa um aumento de R$0,08 em relação ao mesmo período do ano passado. Já no Centro-Sul, a produção foi 55% maior em setembro de 2020 em relação ao ano anterior, demonstrando que a aceleração é expressiva.

Os maiores desafios para os produtores

O primeiro grande desafio é estabelecer uma dinâmica operacional que esteja de acordo com as demandas de saúde e segurança estabelecidas pelo governo. Ainda que a fase seja de relaxamento do isolamento social, as atividades devem ser mantidas com algumas medidas para minimizar o risco de contaminação da Covid-19.

Além disso, é natural que haja um nível mais alto de incerteza no mercado. Com a diminuição da circulação de pessoas e mercadorias, por exemplo, o consumo de etanol foi reduzido — apenas em abril, a estimativa foi de queda de 30% em relação ao mesmo mês de 2019 —, o que trouxe insegurança a alguns produtores.

Acompanhar indicadores de outros setores, como o da logística, é uma dica valiosa neste momento. Somado a isso, temos o custo elevado por conta da alta do dólar. Ainda que isso possa facilitar as exportações em algum nível, é importante fazer as contas para identificar quais custos operacionais estão pesando mais durante a pandemia.

Por fim, é importante ter atenção ao controle de pragas, algo que vem se repetindo nos noticiários de diversos setores do agronegócio no Brasil como um risco real.

As projeções para a próxima safra

A perspectiva atual, no entanto, é de melhora para a safra de 2020/2021, com avanço estimado de 1,9% para o consumo, segundo os dados citados do Rabobank. A estimativa do banco holandês para o balanço da oferta de commodity, que anteriormente era de déficit de 4,3 milhões de toneladas, foi ajustada para 1 milhão de toneladas. A produção brasileira é o principal motor dessa recuperação.

Com o crescimento da produção de etanol e biocombustíveis, a tendência é que os próximos meses também mostrem uma ampliação na oferta pelas próximas safras. Os dados do Canal Rural indicam que, desde o início da safra, a produção de etanol anidro já ultrapassou a marca de 6,3 bilhões de litros produzidos.

Com investimentos chegando ao setor — como o Plano Safra 2020/2021 —, é possível vislumbrar um cenário mais tranquilo ao longo dos próximos meses. Contudo, o diferencial tende a ser alcançado com mais tranquilidade por quem está atento às novidades oferecidas pela tecnologia.

A transformação digital no agronegócio

A automação de processos alcançou níveis extraordinários graças à evolução acelerada que tomou conta do setor tecnológico nos últimos anos. No agronegócio, por exemplo, a agricultura de precisão deixou de ser apenas uma previsão otimista e se tornou uma tendência real.

Grosso modo, trata-se de uma combinação de métodos e soluções tecnológicas para ajudar o produtor a otimizar ao máximo a área do plantio. Com o sistema implementado, é possível controlar melhor a irrigação, mapear em tempo real as condições climáticas em toda a área plantada, calcular automaticamente o NDVI para estimar a safra, analisar o solo, etc.

São soluções que colocam em prática o conceito de agricultura digital, uma forma de tirar proveito da tecnologia para aumentar a produtividade em toda a cadeia de processos. Na prática, são colocados drones para monitoramento e captação de dados nas plantações, permitindo que seja criado um sistema de Big Data para otimizar as decisões tomadas pela gestão da fazenda.

Assim, no dia a dia do produtor, questões estratégicas como irrigação e cronograma de colheita são definidas com base em dados mais confiáveis sobre o andamento da safra. É possível identificar quais áreas estão sofrendo mais com a seca, por exemplo, para estabelecer um nível de irrigação mais adequado.

Vale destacar que esse tipo de medida não só melhora o desempenho, mas reduz custos. Do plantio à produção, o volume de materiais é extremamente alto, tornando valioso um trabalho mais personalizado de acordo com as demandas de cada região.

Como você pôde ver, o cenário é de mudanças intensas e, ainda assim, apresenta bons números para quem atua no plantio de cana de açúcar e nos setores relacionados. A dica é aproveitar o momento para criar diferenciais que otimizem os processos, reduzindo custos e melhorando a produtividade em todos os níveis. Em pouco tempo, é possível notar melhoras nos resultados e aumentar sua participação no mercado!

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