A era digital já é uma realidade para os mais diversos segmentos da economia brasileira. Ao longo dos anos, a tecnologia vem possibilitando a expansão de mercados tradicionais e a criação de novos. E essa transformação não é diferente no campo, já que nos últimos anos os agricultores puderam acompanhar o desenvolvimento de inovações tecnológicas no agronegócio.
A agricultura 4.0, também chamada de agricultura digital, utiliza métodos computacionais e soluções analíticas para construir sistemas de suporte à tomada de decisão. A tecnologia contribui para elevar os índices de produtividade, reduz os custos com mão de obra, melhora a qualidade do trabalho e diminui os impactos ao meio ambiente.
Com tantos benefícios, conhecer e entender as tendências tecnológicas para o agronegócio é fundamental para produtores que buscam o crescimento sustentável das suas lavouras.
A seguir, preparamos um artigo com as principais inovações para o setor e explicamos como elas podem contribuir para o crescimento do seu negócio. Acompanhe!
Entenda a revolução tecnológica no campo
Previsões globais indicam que nos próximos 50 anos os principais desafios da humanidade serão alimentação, água, energia, meio ambiente e pobreza. Nesse sentido, a agricultura vem sofrendo forte pressão para garantir a segurança alimentar de todos e para fornecer métodos de produção sustentáveis.
O cenário global é de que a população mundial chegará a 9 bilhões de habitantes em 2050. No entanto, em contrapartida a essa crescente, temos visto uma escassez dos recursos como terra e água, além de mudanças climáticas bruscas e outros eventos externos.
Dessa forma, neste momento em que o foco é aumentar a produtividade sem que haja um aumento da área de plantio e dos custos da produção, cada vez mais as inovações tecnológicas terão um papel estratégico no agronegócio. E isso não é apenas coisa para o futuro: a tecnologia empregada no campo até agora foi determinante para que a agricultura brasileira alcançasse o patamar atual.
De modo geral, a evolução genética que permitiu o desenvolvimento de plantas transgênicas foi um grande passo. O Brasil foi o primeiro país do mundo a desenvolver a cana transgênica. O uso de sementes geneticamente modificadas traz benefícios para o produtor, como a redução de custos de produção, facilidade no manejo — controle de pragas e ervas daninhas — e aumento da produtividade.
Fora isso, o advento do uso de imagens de satélite trouxe maior precisão para a agricultura. Essa inovação tornou possível para agricultores identificar, em questão de segundos, quais áreas apresentam maior produtividade e quais estão sendo mais impactadas por pragas e doenças, ou até mesmo falhas no sistema de irrigação.
No que diz respeito ao maquinário também tivemos uma evolução muito grande nos últimos anos. Hoje, as máquinas são muito mais precisas e eficientes do ponto de vista energético; isto é, a emissão de gases poluentes tem sido muito menor. Além disso, inovações relacionadas à inteligência de máquina tornaram possível o desenvolvimento de tratores com sistema de piloto automático, que representam uma grande vantagem para o produtor em termos de eficiência, redução do cansaço dos operadores e maior precisão no manejo da lavoura.
Conheça as principais inovações tecnológicas no agronegócio
As inovações tecnológicas têm contribuído para que produtores rurais e empresas do setor otimizem e aperfeiçoem suas operações. A seguir, apresentamos as principais tendências para o setor.
Inteligência Artificial
Embora a Inteligência Artificial (IA) já esteja sendo empregada no campo, essa ferramenta ainda tem muito a ser explorada. É o que explica o gerente de projetos da Solinftec, Guilherme Guiné: “a Inteligência Artificial tem um potencial muito grande. Até agora tudo o que colocamos para ela analisar, ela tem nos devolvido com novos insights, além de analisar muito mais rápido”.
De acordo com o especialista, a IA pode chegar a um nível de eficiência tão grande ao ponto de ela conseguir identificar qual o melhor período para plantar determinada espécie, com base em análises meteorológicas, uso de insumos e adaptação da espécie ao clima da região, garantindo ao produtor melhores resultados.
Guiné nos alerta ainda que “isso não está tão longe de acontecer, pode parecer distante, mas não é”. Além disso, a exploração da Inteligência Artificial focada nas necessidades do campo permitirá o desenvolvimento de muitas outras tecnologias.
Automação e robótica
A ideia do campo como algo rústico e atrasado é uma imagem que vai ficar cada vez mais distante da realidade. As inovações ligadas à automação e à robótica estão entrando com tudo no agronegócio. “Vamos ver cada vez mais robôs nas lavouras, sejam eles aéreos, terrestres, ou microrrobôs com foco no melhoramento genético”, explica Guiné.
Nos próximos anos assistiremos a um maior desenvolvimento na área de máquinas e equipamentos autônomos. Progressivamente as cabines darão lugar a módulos que serão controlados por um operador externo ao caminhão ou pela própria Inteligência Artificial. Já imaginou isso? Isso já está bem mais perto do que nós imaginamos.
Outra novidade nessa área serão os projetos automatizados de irrigação. Para além do que já temos hoje, o processo poderá ter um controle maior de quantidade de água de acordo com a necessidade de cada metro quadrado da lavoura, sempre no timing correto. Isso permitirá empregar uma agricultura de precisão com muito mais eficiência.
Drones
Os drones já estão presentes em muitas lavouras; eles facilitam, e muito, o monitoramento de toda a plantação. Nos próximos anos, a tendência é otimizar ainda mais o uso dessa tecnologia. Por exemplo, um drone equipado com câmeras especiais multi ou hiperespectrais conseguirá fazer o diagnóstico de cada planta. Isso será um grande avanço para o agronegócio, possibilitando uma gama de informações muito mais completa e segura.
Além disso, os drones não dependem do uso de combustível, o que reduz os impactos ambientais e preserva o solo e a cultura. Algo fundamental para as lavouras do futuro que precisarão cada vez mais se preocupar com questões de sustentabilidade.
Guiné reforça ainda que, “quando falamos em robô no campo, não pense que estamos falando apenas de grandes máquinas e tratores. Um bom exemplo disso são os próprios drones que, hoje, já são muito utilizados nas lavouras e no futuro serão ainda mais”.
Saiba como a tecnologia pode otimizar a produção de grãos
Conforme estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), é preciso aumentar a produção em cerca de 70%. Nesse cenário, o uso da tecnologia, em conjunto com práticas mais sustentáveis, não são apenas uma opção mais lucrativa, mas uma necessidade para a prosperidade das lavouras.
Nesse sentido, a Solinftec foca seus esforços na criação de uma série de soluções que tornam a agricultura digital uma realidade. Assim, implementa diferentes ferramentas tecnológicas para extrair valor das informações existentes, ajudando os agricultores a trilharem o caminho mais promissor no uso de dados, com o diferencial de fazer isso levando em conta a realidade de cada lavoura.
Dessa forma, a Solinftec entrega soluções que abrangem desde o preparo do solo até a colheita. Por meio de uma plataforma agnóstica, que conecta todos os agentes envolvidos na produção — pessoas, máquinas, fabricantes e informações climáticas—, cria um verdadeiro ecossistema inteligente capaz de fornecer insights para a otimização de operações, racionalização de insumos e aumento da produtividade.
Por fim, o foco da Solinftec é tornar as inovações tecnológicas no agronegócio acessíveis a todos, a partir da sua plataforma de IoT (Internet das Coisas) que integra dados coletados de computadores de bordo, estações meteorológicas e pluviômetros digitais. Isso permite gerar muito valor para o negócio e agrega um diferencial competitivo de grande relevância para a lavoura.
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