Perdas anuais no armazenamento de grãos chegam a 10% da produção nacional. Confira como proteger sua produtividade no pós-colheita.
Engana-se quem pensa que a colheita é sinal de descanso para o produtor rural. Após um longo período de trabalho com as colheitadeiras, ver a colheita é o ápice da safra. No entanto, os desafios continuam: o armazenamento de grãos é crucial para a rentabilidade final.
As perdas médias de grãos no Brasil, estimadas pelo Ministério da Agricultura e pela FAO, chegam a 10% do total produzido anualmente. Isso sem contar as perdas qualitativas, que podem comprometer o valor da produção restante.
Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um armazenamento de grãos incorreto pode gerar perdas de 15% da produção, podendo chegar a 40% em condições mais precárias e com infestações de pragas e doenças.
Isso significa que, a cada ano, milhões de toneladas de grãos são perdidas no pós-colheita, gerando um impacto significativo na economia do país e na segurança alimentar da população.
Para agravar a situação, a agricultura brasileira – que já sofre com grandes perdas pós-colheita pelo transporte e armazenamento – enfrenta novas ameaças, como a podridão de grãos, também conhecida como anomalia da soja, uma doença fúngica que acomete as vagens ao final do ciclo e que pode se intensificar durante o armazenamento, causando sérios prejuízos ao sojicultores.
Pragas, doenças, micotoxinas e até mesmo pássaros e roedores podem colocar em jogo cada manejo estrategicamente adotado durante o cultivo da cultura. Evitar perdas no armazenamento de grãos é defender o seu trabalho e assegurar a eficiência da sua produção. Mas como fazer isso da maneira certa?
5 dicas para evitar perdas no armazenamento de grãos
Para auxiliar os agricultores nessa luta, instituições e empresas oferecem pesquisas, tecnologias e soluções inovadoras para otimizar o armazenamento de grãos. Dentre as principais recomendações, podemos destacar:
1. Limpeza e remoção de impurezas
As impurezas, como fragmentos de plantas e sementes de ervas daninhas, podem prejudicar a qualidade dos grãos durante o armazenamento. Implementar um processo de limpeza eficiente no recebimento dos grãos é essencial para um armazenamento seguro.
Os grãos colhidos devem estar limpos, sem restos culturais. Grãos ardidos, que passaram por podridão antes da colheita, devem ser removidos. Para lotes comerciais, a tolerância máxima para grãos ardidos é de 6% para milho e 5% para soja.
Micotoxinas, compostos tóxicos produzidos por fungos, podem se desenvolver nos grãos durante o armazenamento, comprometendo sua segurança para consumo. O controle dessas toxinas deve começar no campo, mas no armazenamento, o principal fator a controlar é o excesso de umidade. Grãos colhidos com podridão continuarão a deteriorar no armazenamento, exigindo cuidado redobrado.
2. Controle da umidade e temperatura nos silos
Manter o controle da umidade e temperatura é vital para evitar a deterioração dos grãos e a proliferação de pragas e patógenos que podem prejudicar a qualidade e torná-los inapropriados para consumo.
É crucial secar os grãos adequadamente antes do armazenamento, especialmente se a colheita foi realizada com um percentual de umidade alto. De acordo com a Embrapa, os níveis ideais de umidade para armazenamento de grãos variam em torno de 12%.
Em relação a temperatura, estudos indicam que temperaturas entre 14°C e 18°C são ideais para reduzir a respiração e a atividade metabólica, preservando a qualidade dos grãos por mais tempo.
Utilize sistemas de monitoramento contínuo para garantir que os níveis de umidade e temperatura permaneçam dentro dos padrões ideais. Além disso, implementar um sistema de aeração nos silos é fundamental para manter a temperatura controlada.
3. Controle de pragas e doenças
Antes do armazenamento e periodicamente, recomenda-se o tratamento das estruturas com inseticidas protetores. Após uma limpeza geral, a pulverização com inseticida de efeito residual, conforme recomendado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve ser realizada. Utilize sempre as dosagens recomendadas pelos fabricantes de inseticidas.
Para proteger a fitossanidade da produção no pós-colheita, é necessário realizar o controle rigoroso de pragas e doenças nos grãos armazenados, especialmente a longo prazo.
Evitar a mistura de grãos recém-colhidos com grãos de safras anteriores. Essa prática previne a transferência de pragas e doenças de um lote para outro, mantendo a qualidade dos grãos armazenados. Grãos armazenados de safras anteriores que estejam infestados com pragas devem ser separados e tratados.
5. Estrutura e manutenção
O local de armazenamento deve ser escolhido com cuidado para garantir que esteja livre de inundações, com boa ventilação e fácil acesso para o transporte dos grãos. Além disso, a estrutura dos silos deve ser adequada para proteger os grãos contra intempéries e pragas. De modo geral, recomenda-se que os silos sejam construídos em terrenos elevados e bem drenados para evitar a umidade excessiva.
Manter a limpeza constante e a manutenção do armazém são imprescindíveis para evitar perdas causadas por aves, roedores e pragas. A boa ventilação e um ambiente coberto e protegido são essenciais para preservar a qualidade dos grãos armazenados.
Em estados com temperaturas altas o ano inteiro, o controle de umidade e temperatura deve ser ainda mais rigoroso.
Assegurar que piso, telhado e paredes estejam em boas condições de impermeabilização também é de extrema importância. Estruturas bem conservadas evitam a entrada de umidade e outras ameaças, garantindo um ambiente seguro para o armazenamento dos grãos.
Conte com a Solinftec para manter a qualidade da sua produção no armazenamento de grãos
Implementar essas práticas no armazenamento de grãos pode reduzir significativamente as perdas, assegurar a qualidade dos produtos e preservar o valor comercial dos grãos. A Solinftec oferece soluções tecnológicas avançadas e integradas para o gerenciamento de toda a cadeia produtiva agrícola, incluindo o armazenamento de grãos.
Com sistemas de monitoramento inteligente, é possível controlar e otimizar todas as variáveis críticas, protegendo a qualidade e segurança dos seus grãos no pós-colheita.
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