Em um cenário global, em que temas como sustentabilidade e responsabilidade ambiental estão em destaque, falar em tecnologias sustentáveis é, também, falar de uma das maiores necessidades dos negócios atuais.
Hoje, mais do que nunca, equalizar produtividade e sustentabilidade é um dos grandes desafios da indústria, do agronegócio e do setor produtivo, de modo geral. A necessidade de produzir mais e degradar cada vez menos é uma realidade do mercado e exige estratégias, investimentos em novas soluções e em inovação.
Nesse contexto, a tecnologia no agronegócio há tempos já se mostra uma grande aliada, sobretudo nas questões ambientais. Atualmente, o que não faltam são bons exemplos de tecnologias sustentáveis que contribuem com as atividades no campo, tornando-as mais eficientes, produtivas e ambientalmente responsáveis.
Em razão da importância desse tema, convidamos o Guilherme Guiné, Gerente de Produtos da Solinftec, para falar um pouco mais sobre as tecnologias e soluções que reduzem impactos ambientais atualmente. Acompanhe!
Qual é a importância da utilização de tecnologias sustentáveis?
De acordo com Guilherme Guiné, no cenário atual do agronegócio, a competitividade entre as empresas não está somente ligada ao volume produzido, mas principalmente com a forma como a produção é desenvolvida.
O olhar sobre práticas sustentáveis é algo cada vez mais comum no mercado, de modo que o consumidor atual tem interesse em conhecer e entender toda a cadeia de produção daquilo que consome e, ainda, os impactos gerados.
Sendo assim, Guilherme coloca que:
“implementar práticas sustentáveis não é mais um ‘luxo’ de alguns produtores e empresas, mas uma necessidade real para continuar competitivo no mercado global. Porém, utilizar práticas sustentáveis não é algo muito simples, e requer uma dose de determinação por parte dos produtores, e é justamente aí que as tecnologias que apoiam e fomentam a sustentabilidade podem ser grandes aliadas dos produtores.”
Quais as principais tecnologias sustentáveis da atualidade?
Pensando em sustentabilidade, as tecnologias com maior destaque nesse contexto são aquelas que garantem mais racionalidade ao processo de produção. Ou seja, seriam as tecnologias capazes de promover um aumento na capacidade produtiva, um incremento na qualidade dos produtos, mas sem que isso represente também uma maior degradação do meio ambiente.
O papel da tecnologia nesse cenário é garantir um melhor aproveitamento dos recursos — especialmente os recursos naturais —, de forma que o produtor consiga melhorar seus resultados, aumentar a sua lucratividade, mas abrir mão da sustentabilidade do respeito às comunidades que estão próximas a ele.
Guilherme Guiné afirma que, de forma mais prática, é possível destacar tecnologias como:
- as voltadas à aplicação de insumos de forma racional (controladores de vazão, piloto automático);
- sistemas inteligentes de controle da operação (monitoramento de frota, sistemas logísticos);
- sistemas de monitoramento das lavouras (imagens de satélites, drones, análises de solo);
- sistemas de gestão da lavoura (controle de custos, gestão da cadeia de produção, rastreabilidade digital);
- sistemas de geração de energia a partir do sol;
- reaproveitamento de dejetos e outros resíduos gerados na propriedade para produzir energia limpa e renovável;
- sistemas de captação de água da chuva.
Para ele, essas são só algumas das muitas opções que podem auxiliar os produtores, sendo praticamente impossível listar todas as disponíveis, já que a tecnologia tem se mostrado cada vez mais presente na realidade do homem do campo.
Como a tecnologia pode reduzir os impactos ambientais no agronegócio?
O impacto ambiental é uma das vertentes da sustentabilidade dentro das empresas, tendo um reconhecimento cada vez maior no agronegócio. Guilherme destaca que é muito importante lembrar que não é do interesse do agronegócio a destruição do ambiente, uma vez que esse setor é um dos mais severamente impactados com a degradação do meio ambiente.
Por exemplo, quando há desequilíbrio em uma determinada praga — como gafanhotos e outros insetos —, as empresas urbanas não sofrem com esse tipo de fenômeno, porém os produtores podem perder toda a sua lavoura em apenas alguns dias.
Diante disso, os produtores têm se preocupado cada vez mais com os seus impactos ambientais e em cuidar do meio em que estão inseridos, a fim de que ele seja ainda mais sustentável. Nesse sentido, um exemplo de como a tecnologia pode ser uma aliada é na aplicação de defensivos.
Hoje, de acordo com o Guilherme Guiné, aproximadamente 30% do custo de produção de uma commodity está ligado aos defensivos (herbicidas, fungicidas, inseticidas etc.), e não é do interesse do produtor realizar mais aplicações, pois isso pode provocar uma diminuição da margem do negócio, além de poder provocar um desequilíbrio no meio ambiente.
Por essa razão, muitos produtores têm utilizado tecnologias como as da Solinftec, que permitem ao produtor saber o melhor momento de realizar as aplicações, considerando o clima, o produto a ser aplicado e a localização das fazendas.
Assim o produto aplicado terá a melhor eficiência possível e o agricultor poderá reduzir o volume de defensivo usado, ou até mesmo, reduzir a incidência daquela praga na lavoura — ou seja, todos ganham, o produtor, o meio ambiente e o consumidor final.
Como as soluções da Solinftec podem auxiliar o produtor?
As tecnologias oferecidas pela Solinftec tem como foco promover o aumento de eficiência por parte dos produtores, cuidando de toda a cadeia de produção, desde o momento do plantio até a colheita, para que o produtor rural tenha a certeza de que está empregando as melhores práticas agrícolas.
Guilherme Guiné destaca:
“conseguimos aumentar a eficiência da propriedade, pois adicionamos ao processo a visão do produtor. Como temos todos os dados em tempo real do campo, o produtor não perde nada do que está acontecendo. Mesmo que ele não esteja no campo, consegue gerenciar suas operações à distância e controlar possíveis desvios.”
Nesse contexto, as soluções da Solinftec não apenas dão mais visibilidade sobre as operações, mas ajudam no gerenciamento delas, trabalhando em conjunto com o operador, o orientando (de forma automática) sobre qual a melhor forma de operar uma máquina, por exemplo, definindo a velocidade ideal e desenvolvendo um controle de consumo de combustível.
Além disso, as ferramentas também auxiliam as equipes de gestão por meio de relatórios personalizados, alertas em tempo real e ranking das melhores práticas dentro da sua gestão — dados essenciais para a tomada de decisão e para o fortalecimento da agricultura digital.
Quais são os diferenciais da tecnologia para o clima da Solinftec?
Nós desenvolvemos uma solução baseada no clima pensando não apenas em monitorar as condições climáticas e mostrá-las ao produtor. Na realidade, o objetivo da nossa solução é auxiliar o produtor na tomada de decisão, inserindo o clima como uma das variáveis necessárias e estratégicas para se chegar a melhor decisão.
Guilherme Guiné pontua que hoje existem diversas empresas que fornecem serviços de monitoramento de clima. Porém, o produtor tem que fazer a análise das condições de clima manualmente e decidir se a condição climática é a ideal para a operação e só então avisar ao operador para parar ou continuar a operação.
O que a Solinftec fez foi simplificar todo esse processo. Ou seja, a própria estação meteorológica se comunica com o operador, mostrando a ele as alterações do clima, em tempo real, e sugerindo alguma ação caso as condições climáticas não sejam as ideais.
Com isso, é possível ter mais agilidade e a segurança de que a operação será realizada da melhor forma possível, mesmo que o gestor não esteja próximo, pois o sistema gerencia a operação para ele de maneira automatizada.
Além disso, os dados climáticos podem ser utilizados para o cruzamento com outras informações, dando liberdade para que o agricultor realize análises agronômicas, estudos e outras ações que dependam de informações reais e atualizadas sobre o clima.
Por fim, as soluções oferecidas pela Solinfetec contribuem diretamente com a sustentabilidade no agronegócio, com o diferencial de serem mais duradouras e integradas ao dia a dia no campo. São tecnologias sustentáveis que, de fato, melhoram as condições de trabalho dos produtores ao longo do tempo e geram resultados na proteção do meio ambiente.
Prova disso está na redução de emissões de gases de efeito estufa, em um trabalho realizado em parceria com a Control Union, onde os produtores, apenas pelo ganho de eficiência, deixaram de emitir na atmosfera mais de 240 mil toneladas de Co2, apenas em 2019 — o equivalente a mais de um ano de emissão da ponte aérea RIO-SP nesse mesmo ano.
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