A pandemia, causada pelo novo Coronavírus, atingiu o mundo inteiro de surpresa. Desde a sua disseminação, no primeiro trimestre de 2020, diversos nichos do mercado foram afetados e precisaram se adaptar a essa nova realidade. Com o setor primário não foi diferente. Neste período várias mudanças ocorreram, como a queda dos preços de alguns produtos. Mas, qual é o futuro da agricultura pós-pandemia?

De acordo com os profissionais entendidos da área, as transformações continuarão ocorrendo e muitos desafios prometem surgir daqui para frente. No entanto, isso não significa que você deva desanimar, mas sim, absorver esses ensinamentos, se preparar e aproveitar as oportunidades futuras que estarão disponíveis no agronegócio do Brasil.

Ficou interessado? Então, continue acompanhando a leitura. Neste post, contamos tudo a respeito das tendências do segmento e como será possível aproveitá-las para continuar obtendo bons lucros. Acompanhe e se atualize desde já!

Impactos do coronavírus na agricultura

Segundo um levantamento elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ocorreram inúmeros impactos no mercado da agropecuária desde o aparecimento da Covid-19. Abaixo, listamos quais foram os principais deles.

Redução na demanda por flores, plantas e borracha

Nos últimos meses, a demanda por plantas ornamentais, flores e borracha natural sofreu uma queda drástica. No caso das flores, isso se deve por conta da proibição de se realizar eventos, fazendo com que os famosos garden centers e as floriculturas precisassem fechar — ainda que temporariamente. Inclusive, alguns negócios que atuam nesse setor identificaram uma redução de até 90% do faturamento.

Com a borracha natural, não foi diferente. Entre as principais consequências da crise atual, destacamos a redução das atividades nas beneficiadoras, assim como, indústrias. Por isso, as organizações também precisaram adotar medidas emergenciais de prorrogação de prazo para os seus pagamentos, além de taxas competitivas e estratégias específicas para estocagem.

Mudanças no segmento de frutas e hortaliças

Inicialmente, as feiras livres foram suspensas para evitar a propagação do vírus. Mas, gradativamente, essas atividades começaram a voltar e, agora, o setor já aponta para uma forte estabilização, com base em mudanças sazonais que são decorrentes da safra e da entressafra das produções.

Ainda assim, os produtores vêm enfrentando uma dificuldade na exportação das frutas e no despacho aduaneiro. Isso porque os processos burocráticos exigem que a toda a documentação original seja encaminhada por transporte aéreo.

Um bom exemplo disso é a maçã, que é enviada para Bangladesh e China. Atualmente, os produtores estão em busca de meios para flexibilizar o recebimento dos documentos e utilizar versões digitalizadas ao longo do período de crise.

Queda do consumo do boi gordo

Recentemente, as vendas no varejo e atacado estão registrando queda em relação à carne, ainda mais ao se tratar dos cortes nobres. A estimativa é que haja uma queda no consumo interno do produto.

Além disso, em algumas regiões do Brasil, como Mato Grosso do Sul, diversas plantas frigoríficas estão paralisadas, o que contribui significativamente para a desvalorização do valor da arroba.

Tendências na agricultura pós-pandemia

Se por um lado o setor de frutas, verduras e legumes apresentou prejuízo e impactou o fechamento de diversos estabelecimentos, a boa notícia é que existem algumas tendências da agricultura pós-pandemia que contribuirão para a retomada desse mercado. É sobre o panorama do agronegócio no Brasil que falamos abaixo. Anote!

Intensificação do uso de tecnologia

Em tempos de crise, a principal perspectiva para a agricultura no pós-pandemia é investir no uso da tecnologia. Aqui, destacamos a venda de produtos on-line, especialmente, no setor de alimentos, que tem se fortalecido como a alternativa mais prática e segura no dia a dia do consumidor final.

Contudo, não acaba por aí. Ainda no campo digital, haverá uma maior necessidade de se conectar com os recursos modernos para estimular o crescimento da produção e da agricultura de precisão no país.

Hoje em dia, o mercado tem crescido bastante com o uso de drones, sensores e a famosa Internet das Coisas (IOT). Fato esse que também se mostra como um forte desafio para os produtores agrícolas que ainda não abraçaram a ideia e carecem de conectividade.

Compra direto com o produtor

Os consumidores estão sendo mais solidários, estimulando os municípios a comprarem diretamente com os produtores. Na prática, essa tendência cria um canal favorável, uma vez que os legumes e verduras são adquiridos no local e conseguem abastecer a própria população.

Nesse período, os orgânicos também se destacam, já que o público reconhece que esse setor é extremamente seguro. A previsão é que o futuro da agricultura seja mais justo, resiliente e traga benefícios incríveis para os indivíduos.

Aumento das interações entre agentes públicos e privados

Mesmo com o avanço do digital, os produtores familiares ainda enfrentam uma certa dificuldade técnica a respeito do uso das embalagens corretas ou do aproveitamento do código de barras. Sem dúvida, esses são pequenos problemas que devem ser vencidos com a absorção de conhecimento entre todos os participantes de uma cadeia de produção.

Ao investir na ideia será possível aprimorar o rastreamento por QR Code e garantir maior eficiência e segurança logística. Como consequência, é preciso que tanto os setores privado e público quanto o terceiro setor consigam se unir e desenvolvam técnicas para que os alimentos provenientes da agricultura familiar consigam alcançar os consumidores, aumentando a sua valorização em um futuro próximo.

Crescimento da bioeconomia

Por último, não podemos deixar de citar a tendência da bioeconomia na agricultura pós-pandemia. Também conhecida como “economia com base biológica”, essa é uma excelente oportunidade para gerar mais empregos, divisas e renda no mercado. Inclusive, já existem empresas que vêm atuando com o objetivo de reduzir o uso de componentes nocivos, como é o caso do adubo fosfatado.

Em paralelo, há especialistas que descobriram a presença de microrganismos nos rios da Amazônia capazes de ser utilizados como biopesticidas, não somente no ramo agrícola, como também, em outras indústrias.

O que achou de conhecer as principais tendências para a agricultura pós-pandemia? Como vimos, os momentos de crise servem para que os obstáculos sejam superados e a inovação sempre fale mais alto. Não deixe de se atualizar!

 

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